Bob Esponja: Mas e se eu quiser te abraçar mesmo não estando comigo?
Patrick: Feche seus olhos, e pense que estou te abraçando, pois estarei.

-(www.runawayeah.blogspot.com)

Ponto de Vista.

Olhando nos seus olhos, vejo meu eu verdadeiro. Não sei se é porque eu estou dentro de você, ou se é onde eu queria estar.

A mente nos prega peças, que nos fazem acreditar no que no fundo nós desejamos. Queremos ver verdade em mentiras, em imagens imaginárias. Com as ilusões é mais fácil de conviver, por isso a inventamos.

A verdade é dolorosa, mas tem o sabor de ser autêntica. Ninguém quer sofrer. Essa é a verdade, e por ser autêntica que ela é ruim, sabemos que todos nós iremos sofrer por isso.

O preço que pagamos por procurar nossas ilusões é alto. Então é aí que fica a dúvida: uma vida tranquilamente ilusória; ou uma perturbadoramente real. Não seja precipitado em fazer sua escolha, não esqueça que nem toda verdade é absoluta e nem toda ilusão é uma farsa.

Então...

Caminhando lá, pela praia, eramos só nós dois. Eu e o mar, nos fazíamos companhia, como se só ele me entendesse. Me fazia bem caminhar, esquecer meus problemas, como eu fazia sempre, não por luxo, por necessidade.

Percebi então, que havia algo diferente nesse dia, tinha alguém na minha praia, na minha tão estimada praia que tanto me fez fugir da realidade. Ali estava ela, vindo em minha direção, pisando suavemente na areia, quase sem deixar impressões, com um vestido branco voando por causa do vento. Era o céu na Terra.

Não consegui mais tirar os olhos dela, minha mente que vagava pelo tempo/espaço, agora estava focada em algo que nem conhecia. Uma estranha que me pareceu ser feita pra mim. Ela era o molde daquilo que eu esperava pra mim. Não era perfeita, por mínimos detalhes que não me interessavam. Paramos.

-Já nos vimos em algum lugar? - perguntei

-Em nossos mais belos sonhos.

Universo Paralelo

Minha sonhadora mente,

cria coisas que eu não sei o nome.

Minha sonhadoramente mente,

vê verdade em suas mentiras.

Minha sonhadoramente mente, mente

me fazendo acreditar em tudo aquilo,

que em um momento, nada mais,

Talvez tenha sido real.

Fases

Só por meio de uma Sanidade Ilógica,
ela trocou seus tons claros, pelos obscuros.
Trocou a suavidade do anil,
pela morbidez do negro puro.

Só por meio de uma sanidade Ilógica,
ela cansou da inocência do seu ser.
Cansou da brincadeira de confiar,
e passou a conviver com o sofrer.

Só por meio de uma Sanidade Ilógica,
ela não quis mais sonhar.
Desaprendeu a sorrir,
perdeu a vontade de voar.

Seus sonhos? Diluídos.
Seu sorriso? Apagado.
Suas dores? Ninguém liga.
Sua vida... destruída.

Só por meio de uma Sanidade Ilógica...

Latência

Está tudo girando. Tento, mas não consigo fazer. Tento, mas não consigo terminar. Meus olhos se fecham, o sono me consome. Minha mente está a mil: imaginando, refletindo, querendo, sonhando. Meu corpo parece estar a dez, não quer mais se mexer, cansou de lutar, é um derrotado.

Tudo isso por conta de meus desejos e sentimentos mundanos, que não deixam meu corpo se desanimar por inteiro, na hora em que eu mais preciso parar.

E agora? Também não sei... E agora? Não quero mais pensar, não quero mais esse desejo que não me deixa parar. Me faz feliz, ao menos uma vez e... [pausa] vai embora?

A verdade é

que a força de uma amizade é maior que quaquer outra, é maior que a inveja, maior que a mentira, maior que a distância, maior que a desconfiança, simplismente é mais forte. Porque você procura seus amigos quando não está bem. Porque são eles que estão presente na maior parte da sua vida. Porque não medimos palavras, pra mostrar-los o certo. Porque a sensação estar com pessoas que gostam de estar do seu lado, é a melhor de todas.

"A verdadeira amizade é aquela que o vento não leva, e a distância não separa."

Sonhar alto.

"E hoje você se pergunta o porque de tudo isso ter acontecido. Eles entram e saem da sua vida como se atravessassem uma porta, sem segredo, sem medo, é quase um insulto brincar desse jeito com nosso futuro. Porque sim, eles determinam nosso futuro, mandando e desmandando no nosso presente. Nos tornam invisíveis, escravos de nossas ideias e sentimentos.

E no final, você se pega pensando neles..."

Dessa vez.

Depois de uma noite muito bem dormida, Anny acordou cansada, cansada dos mesmos sonhos ilusórios, fabulosos, magníficos, alienantes... mas sempre sonhos. Estava cansada de cenas felizes apenas na sua mente, enquanto sua realidade continuava a mesma tediosa e monótona.

Sonhava com histórias felizes, não, não eram contos de fadas, ela sabia que eles não existiam, pois não existem pessoas perfeitas para outras pessoas. Sonhava apenas com histórias felizes, também tinha um drama, um choro, mas ainda assim eram boas histórias. Cada dia com uma pessoa diferente, de jeitos diferentes, que a faziam bem.

Todos os dias ela acordava chorando por perceber que fora um sonho, que aquelas histórias só existiam na sua cabeça, não queria mais isso, nem abria mais os olhos ao acordar, levantar-se já era quase mecânico.

Mas esse dia ela acordou cansada, não queria mas as coisas desse jeito, e ao levantar-se, percebeu algo diferente ao seu lado.

Não foi um sonho, ela realmente estava vivendo.
A lágrima, dessa vez, não caiu.

Vigília

"Milagre!

O milagre que eu esperei, nunca me aconteceu.
O milagre que esperei nunca me...

Oh você que está fotografando ai, por favor.
Sabe aquela coisa que eu tinha te dido,
aquele milagre que falei para você,
Ele não rolou não rapaz.

O milagre que esperei nunca me aconteceu,

O milagre que esperei nunca me aconteceu,
mas não...!!! Há de ser nada, pois que a madruga acaba quando a lua se põem
Os meus sonhos estão todos na U T I!!!
Esperança já não há...
Os milagres estão todos em coma...
E eu!!! E eu!!! Eu sigo só!
Só me resta esperar...

Faço vigília todas às noites,
Do quintal da minha casa,
eu dou conta de todas as estrelas.
Certa vez eu dei falta de uma delas...
-Cadê a porra da estrela que estava ali?
Ah é uma estrela cadente...
Era cadente a estrela, eu tive cinco
Eu tive cinco segundos para fazer a minha prece
E fiz!!! (e fiz) E fiz!!! (e fiz)
Enquanto estava de olhos fechados,
Enquanto estava de olhos fechados eu imaginava
Os meus sonhos acordando,
imaginava a esperança batendo na porta da minha casa.
Enquanto eu estava de olhos fechados, a estrela caia
Perdeu a sua luz no fundo do mar...
E eu!!!
Eu sigo só, só me resta esperar,

Eu faço vigília todos os dias.
Do telhado da minha casa,
eu dou conta de todas as ondas
Eu torço para que uma delas saia do lugar, pra que eu possa ver,
Brilhos de luz no fundo do mar,

brilhos de luz no fundo do mar.
Estrela a brilhar! Sonho a sorrir! Milagres acontecendo...
Esperança de pé!
Mas não, Mas não,
Mas não há de ser nada!
Não há de ser nada, não, não

Não!!! há ser nada!

Pois sei que madruga acaba quando a lua se põem .
A estrela que eu escolhi não cumpriu com o meu pedido
E hoje não a encontrei!
Pois caiu, no mar e se apagou!
Se souber nadar,
Faz o favor!? Faz o favor!?
O milagre que esperei nunca me aconteceu.
Quem sabe só você,
Pra trazer o que já é MEU!”

(O Teatro Mágico - Vigília)

-Se minha história não virar Livro eu não sei quem eu sou. Por que eu estou aqui mesmo, se ninguém vai lembrar de mim?
-Calma, não é assim, só porque as pessoas não vão saber quem você é, não quer dizer que não tenha alguns que realmente se importem com sua presença. Mas mesmo assim, porque você se importa tanto com que os outros te reconheçam?
-Porque só assim tudo vai ter sentido. Se não for assim, qual a diferença que minha presença faz aqui, nenhuma? Ou será que você acha que vale a pena encarar tudo isso, sem ganhar nada ou pelo menos saber que tem gente que lembre de você?
-Claro que vale, quer dizer... só porque você não é reconhecido como você quer, não quer dizer que você não ganha nada , pelo contrário, você tem a consideração de muita gente,e isso já é motivo suficiente para você deixar de besteira. Aposto que existe muitos por aí que teriam o prazer de saber quem você é, e quem você foi.
-Será?
-Claro, a sua História é completamente diferente da de qualquer um, e isso que torna-a fascinante, já parou pra pensar que se você não existisse, tudo que aconteceu ao seu redor seria perdido, por você não ter vivido?
-Hum, entendo. Mas com quem eu estou falando, mesmo?
-Comigo.
-Comigo quem?
-Depende.
-De que?
-De como você gosta de chamar sua consciência.

Incrível como em lugares que você menos espera, você pode se impressionar. Fiquei orgulhoso ao ver, todo mundo no Festival de Verão, cantar "Que país é esse", gritando no refrão: "É A PORRA DO BRASIL", em pleno show de Jammil. Muitas vezes me decepcionei com pessoas e atitudes, mas dessa vez foi bonito, eu me senti bem gritando no meio daquelas tantas pessoas e, principalmente, porque eu nunca imaginaria que num lugar daquele, teria uma crítica tão honesta.

Não sou lá um exemplo de apaixonado pela pátria, sinceramente, não gosto principalmente de minha cidade, mas fazer o que? Sou brasileiro, e não posso negar minhas origens. Acredito que todos que são decepcionados pelo Brasil, só são porque querem o melhor para seu país, e não conseguem ver um futuro próspero pra ele. Mas mesmo assim, muitos de nós não se imaginam morando em outro lugar, porque independente de nossa opinião, as raízes que temos com nossa terra é mais forte do que imaginamos.

The sounds of my soul

O que fazer ao cair? Provavelmente o mais fácil ao cair é continuar no chão, sofrendo as dores de sua queda. Até porque nada é mais doloroso que uma boa queda, e nada é mais reconfortante que ficar estirado no chão esperando a dor passar.

Mas como continuaremos andando se continuarmos, ali, estagnados, estirados naquele chão gélido, que mais parece um banho de água fria, aonde tentamos nos recuperar de uma gripe.

A vida faz isso com a gente. Ou não, claro que não. A gente faz isso com a gente, quem dá o primeiro passo somos nós, então quem tem que ser responsabilizado pela queda só pode ser nós mesmos.

Mas não é o fim do mundo. Por pior que pareça, é apenas mais uma queda, que vai nos deixar mais fortes. "Não existe mau que não tenha vindo pro bem". Prefiro acreditar nisso, do que acreditar que a vida nos prega peças para rir de nossas caras.

"O que nos resta é levantarmos, e continuar ouvindo o barulho de nossa alma."

Pegue um lápis

Pego um papel, já estou com a caneta do lado. O que escrever agora? Quero escrever uma música, mas não vem nada em minha cabeça. E agora? Descanso a caneta no papel e paro. Por quê mesmo eu queria escrever alguma coisa? Ah, li uma frase que me inspirou. Tudo bem, vamos tentar de novo...

"Aquele dia que em que eu ti perdi,

me fez perceber

que por mais que eu tente

não sou bom o suficiente,

para ter você..."

Não, que raiva. Não quero nada melodramático, já basta meu pensamentos bipolares. Amassei o papel e joguei no lixo, igualzinho como eu fiz com as outras as dezenas de papéis que estão naquele lixo e em sua volta.

Desisto, acho que o que eu devo fazer mesmo é ficar com aqueles mesmo pensamentos bipolares, que me fazem ser feliz na maior parte do tempo, mas estragando toda minha felicidade, ao ver seu olho percorrendo outra rota, que não a nossa.

"Só o meu lápis sabe quantas palavras foram escritas para você, mas a borracha insistia em apagar tudo. E esquecendo-as no ar de apenas mais uma lembrança que será esquecida ao decorrer do tempo."

Os olhos mentem a cor da noite.

Ao olhar naqueles olhos, vi meu eu nela, pensei se era verdade aquilo, resolvi refletir no nosso relacionamento. Mas do que estou falando? Nós não temos nenhum relacionamento, na verdade, eu nem conheço essa pessoa. Continuando, passo a passo, passou por mim, andando sem alterar seu ritmo, sem nem ao menos olhar pro lado, não percebi, o tempo parou.

Destino? Seria isso possível? Eu conhecia aquela moça, não, nunca tinha a visto, mas sabia que eu a conhecia de outro lugar, de outros carnavais. Tentei, pensei, procurei lembrar aquele rosto, mas só me vinha a cabeça aqueles incríveis olhos que refletiam uma luz diferente, uma luz quase divina.

Aqueles olhos, o que eram aquilo? Por que mexeram tanto comigo? Aquele brilho, aquele passo. Conseguia reparar em tudo que ela era. Ela tinha uma pinta no canto da boca, não que isso fosse relevante, comparado àquele olhar, mas chamava minha atenção.

Ao dobrar a esquina algo chamou minha atenção, um livro bonito, de capa dura, olhei pra o letreiro, descobri que estava numa Livraria, voltei meus olhos ao livro, foi então que eu entendi porque aquele livro tinha chamado minha atenção. Não, não era possível. Não era um livro qualquer, era "Dom Casmurro".

"Aquela era Capitú"